segunda-feira, 24 de julho de 2017

A sociologia dos clubes mostra o mais antigo e tradicional deles, o Curitibano, fundado em 1881 pelo empresário schumpeteriano Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, o homem burguês metamorfoseado das antigas famílias senhoriais e escravistas do litoral, no século XIX. O Curitibano se tornou muito grande e frequentado, com elites e decadentes, de modo que um grupo de novos ricos, de origem imigrante, principalmente de origem alemã, juntos com alguns nomes tradicionais, alguns barrados no Curitibano, criassem em 1927 o Graciosa Country Club como um espaço mais exclusivo. O Castelo do Batel se relaciona com a Família Lupion, também novos ricos e novos poderosos datados somente na metade do século XX, casados com troncos paranaenses antigos, como a família Ferreira do Amaral da Lapa. o que é a norma da classe dominante brasileira, o novo casando com o antigo-tradicional, o moderno sempre junto do arcaico. A Sociedade Garibaldi foi criada no final do século XIX pelos imigrantes italianos. Desapropriada durante a Segunda Guerra Mundial, retornou depois para seus associados. A Vice-Governadora Cida Borghetti, conselheira do Comitê dos Italianos no Exterior, possui conexões com membros da Sociedade Garibaldi, como Walter Antonio Petruzzielo, pai do Vereador Pierpaolo Petruzziello, também inseridos nessas políticas ítalo-brasileiras. O casamento da Deputada Estadual Maria Victoria Borghetti Barros, da mais importante oligarquia política familiar emergente de Maringá, com extravagantes intervenções na Sociedade Garibaldi, casamento kitsch, é explicado pelas conexões sociais, étnicas e políticas. Foi o espaço possível no meio tradicional curitibano. Ainda hoje reaças apontam que se o sobrenome não está, ou não descende na Genealogia Paranaense, não é CDT, classe dominante tradicional. O casamento hoje será ovacionado por populares, ainda mais depois que o associaram com os golpistas de plantão convidados. A ver.

 RCO

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