sábado, 10 de junho de 2017


Só dois países mantêm-se ativos na resistência contra a hegemonia mundial de Washington: Rússia e China. Dos dois, a Rússia é vista como maior obstáculo ao unilateralismo dos EUA.
A Europa depende da energia russa, e os sistemas de armas nucleares russas são avançadíssimos.
O fato de que a soberania nacional russa dependa tanto da liderança de Putin faz da Rússia o ponto mais frágil e mais vulnerável à intriga construída e fomentada em Washington.
Putin pode ser removido por assassinato.
Diferente é o caso da China, cuja liderança é coletiva.
Claro que há democracia no partido político que governa a China – e se governo democrático coletivo não servisse para mais nada, já seria valiosíssimo só por isso: os bancos podem derrubar quantos governos queiram, e ainda assim alguma força democrática pode resistir e insistir em governar a favor dos cidadãos.
Para desqualificar todo o partido governante chinês, Washington conta com o serviço de organizações financiadas pelos EUA, que operam dentro da China para essa específica finalidade.
Washington está arrastando o mundo para um grande conflito.
A essa altura os governos russo e chinês já sabem que estão sob a mira.
E Washington e Europa continuam a rejeitar cada tentativa diplomática de russos e chineses.
Não falta muito para que se rendam à conclusão de que não lhes resta outra saída que não seja guerra."

PAUL CRAIG ROBERTS, via Rodrigo Jardim Rombauer


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